domingo, 16 de maio de 2010

O exemplo da Suécia

O exemplo da democracia sueca
O governo da Suécia aprovou uma lei que protege as crianças da publicidade: estão proibidos anúncios na televisão voltados para menores de 12 anos. A justificativa é que eles não têm idade para diferenciar um programa de um comercial.
A publicidade dirigida às crianças é estritamente regulamentada e até mesmo completamente proibida na televisão. O governo busca, com o apoio da opinião pública, proteger os jovens das pressões comerciais. “Somente quando as pessoas tenham idade para compreender os objetivos escondidos da publicidade é que é desejável expô-las”, afirma o ministro da Cultura. Deixar que o mercado faça o que deseja é “contrário aos valores democráticos”, complementa ele.
Especialistas consideram que “as crianças têm o direito a zonas protegidas”, porque elas não nascem com os anticorpos necessários para se defender das pressões comerciais. As autoridades ousam constatar que as crianças não distinguem bem a publicidade dos programas. Até mesmo a entidade que engloba as empresas de publicidade considera que não se deve suscitar nas crianças “inconscientes do que é razoável desejar”, “desejos que eles não são podem realizar”.
O governo decidiu, baseado nesses argumentos:
- Banir da televisão todas as publicidades voltadas para os menores de 12 anos (brinquedos, roupas, comida);
- Publicidades destinadas aos adultos não podem de forma alguma seguir ou preceder imediatamente os programas para as crianças;
- No conteúdo das mensagens publicitárias, é proibido aparecerem pessoas ou personagens que desempenham papel central nos programas infantis (apresentadores, heróis de histórias) ou colocar em cena crianças atores. O simples recurso a elementos temáticos referidos a crianças (vozes, risos etc.) é igualmente proibido, porque o legislador sabe como essa idade é sensível aos apelos de identificação.
Conforme uma pesquisa levada a cabo pelo Conselho de Consumo, 88% das pessoas se mostraram favoráveis a essas decisões e 82% declararam ser favoráveis à sua extensão aos outros meios de comunicação. O governo considera que o direito de proteger as crianças está acima da “liberdade” das empresas de tentar vender, da melhor forma para eles, suas mercadorias. Considera que as crianças não podem ser reduzidas a objetos das campanhas de publicidade.

É interessante observarmos que a Suécia é um pais de tradição na vanguarda de alguns temas. Todos sabemos por exemplo que este foi o pais que mais expandiu e explorou a indústria pornográfica. Ou seja, ao mesmo tempo em que alguns temas são controversos e são até mesmo frontalmente contrários aos ensinamentos bíblicos, podemos perceber que os danos causados por este liberalidade se fazem sentir e os governos atuais têm buscado iniciativas para isso. Este projeto de lei seria um bom exemplo para ser adotado por outros países especialmente por nós no Brasil.
Como não temos leis que protejam nossos filhos, que tenhamos então o cuidado de observar o que nossas crianças têm assistido em termos de comerciais e que possamos ponderar com eles o que é certo e o que é errado.

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